De acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do etanol hidratado nos postos brasileiros de combustíveis continuou subindo nas últimas semanas, alcançando seu maior patamar, de R$ 2,991, entre os dias 14 e 20 de janeiro.

Por ter menor poder calorífico, o etanol só compensa para o consumidor se custar até 70% do preço da gasolina. Pelo que, o preço médio do biocombustível feito de cana só foi competitivo nos Estados de Mato Grosso, vendido a 60,13% do preço da gasolina, e de Goiás, onde o consumidor pode abastecer seu veículo a um custo de 67,25% do cobrado pela gasolina.

O Rio Grande do Sul tem registrado a mais alta relação entre etanol e gasolina, chegando, o etanol, a custar, semana passada, R$ 3,903, ou 89,8% do preço da gasolina. “Subiram tanto os preços da gasolina como do etanol” – constata levantamento feito pela ES Petro.

Muito embora, aos preços atuais, seja desvantajoso para o consumidor do Rio Grande do Sul abastecer seu veículo com o biocombustível, o consumo no Estado interrompeu a curva descendente observada há muitos meses. Em novembro, o consumo de etanol hidratado, de 6,2 milhões litros, cravou um crescimento de 24,5% frente a outubro e de 46,2% na comparação com novembro do ano passado. Foi o maior volume vendido nos postos desde fevereiro de 2016, quando somou um consumo de quase 6,4 milhões de litros.

Esse resultado “atípico” é mais uma consequência da nova política de preços da Petrobrás para a gasolina e revelou uma tímida reação de mercado. Se esse comportamento virar uma tendência, ele pode, em determinadas circunstâncias, ser uma oportunidade de negócio para o operador do posto de combustíveis.

 

Etanol ante a gasolina só é vantajoso em Mato Grosso e Goiás. No RS a relação é de 89.8%

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