Na próxima quinzena, e já a partir do dia 1, o chamado preço pauta para a gasolina (é sobre ele que incide a alíquota de ICMS cobrado pelo Estado), passará a R$ 6,1199 no Rio Grande do Sul, 2,7% maior que o cobrado entre os dias 16 e 30 de julho. Desde o início do ano, o preço básico para o ICMS no Estado já teve um aumento de 32,1% – o que mais aumentou entre os três Estados do sul do Brasil.
Período | PMPF ou preço Pauta | Preço Médio (ANP) |
01/jun | 5,8431 | 5,953 – 5,931 |
16/jun | 5,9595 | 5,933 – 5,928 |
01/jul | 5,0611 | 5,938 – 6,022 |
16/jul | 5,9608 | 6,122 – 6,092 |
01/jul | 6,1199 |
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Preço Médio apurado na pesquisa semanal da ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
No entanto, esse não foi o principal responsável pelos preços elevadíssimos cobrados dos consumidores. Os reajustes praticados pela Petrobras impactaram mais, tendo aumentado 39,8% nas refinarias desde o início do ano.
Já o Etanol anidro, misturado à gasolina da refinaria, na base de 27%, teve um aumento de 41,3% entre o início do ano e o último dia 27.
“E o que chama atenção em nosso acompanhamento dos preços – sublinha o economista Edson Silva -, é que, na ponta, os preços para os consumidores aumentaram 28,4%, entre a semana passada e o mês de janeiro último, revelando um enorme desalinhamento entre os reajustes praticados ao longo da cadeia em que os preços do combustível são formados. Ou seja, a gasolina está muito cara e pior seria se tudo que está sendo reajustado ao longo da cadeia fosse repassado ao consumidor”.
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Edson Silva, economista-chefe da ES Petro