O fel: de acordo com o dito popular “dar o fel, depois o mel”, comecemos pela má notícia: o mês de agosto termina com a Petrobrás praticando, neste dia 31, um aumento de 0,5% no preço da gasolina e de 2,5% no preço do diesel produzidos em suas refinarias. No caso do diesel foram três aumentos seguidos, nos dias 29, 30 e 31: 0,4%, 0,5% e 2,5%.

Agosto encerra com um aumento acumulado de pouco mais de 2,7% nos preços da gasolina e de 5,1% no do diesel processados pelas refinarias Petrobrás.

Seguimos com as más notícias no complexo mercado de petróleo e combustíveis: passa a vigorar no dia 1 de setembro um aumento anunciado pela petroleira de 4,2% para a gasolina e de 0,8% para o diesel vendido por suas refinarias.

Esse índice, de 4,2%, é o maior aumento praticado pela Petrobrás desde 27 de janeiro último.

Mais: o preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF), também conhecido como “preço-pauta”, sobre o qual incide o ICMS, passará de R$ 3,0209, em fins de agosto, para R$ 3,0256, a partir de 1 de setembro, um aumento de 0,2%.

Como o preço do diesel rebate em tudo que usa o combustível em suas atividades, tipo transporte da produção, os produtos e serviços que consumimos poderão ter seus preços também aumentados.

E o mel? O já citado preço pauta para a gasolina terá, para setembro, uma redução de 0,9%, na medida em que os R$ 3,9786 que vigiu até hoje, 31 de agosto, dará lugar a um PMPF de R$ 3,9438, a partir de 1 de setembro.

Que vai resultar desse sobe e desce – mais sobe do que desce – no bolso dos consumidores, no faturamento e na rentabilidade dos agentes econômicos? Imprevisível. Logicamente, os dados induzem a um aumento dos preços ao consumidor, e não só dos combustíveis. Vai depender do comportamento dos elos da cadeia. No mercado de combustíveis, o produto sai da refinaria, carregado pela distribuidora, que mistura etanol anidro na gasolina e biodiesel no diesel, antes de vender para os postos. E se houver aumento nos preços do biodiesel e do anidro?

Bom, se algum agente econômico dessa cadeia diminuir sua margem para absorver os aumentos na origem – aqueles praticados pela Petrobrás –, o impacto na ponta será menor.

Mas há espaço para menor faturamento e menor rentabilidade?

Uma boa ou uma má notícia?

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