Apesar de ainda não haver projeto e tudo estar no campo das especulações, a venda fracionada de GLP, proposta pela Agência Nacional do petróleo (ANP) tem causado dúvidas e preocupação para os revendedores. O presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, chama a atenção para o trabalho executado pelos revendedores, que prestam um serviço fundamental dentro da cadeia logística para comercialização do produto. Destacou ainda a importância que deve ser dada para a segurança no abastecimento dos cilindros e enfatizou que a solução desenvolvida no Brasil tem grande sucesso e é copiada, inclusive, em outros lugares do mundo.

“Não acredito que esta ideia irá prosperar. Acredito muito no corpo técnico da Agência, do Ministério de Minas e Energia e da Empresa de Pesquisas Energéticas. Eles vão se debruçar sobre este tema e vão encontrar a inviabilidade técnica e, principalmente, questões de segurança”, destacou. Salientou ainda sobre a dificuldade para a realização de fiscalizações caso a medida seja implementada. Bandeira de Mello concluiu tranquilizando as revendas, “não acredito que esta ideia aqui no Brasil vai vingar, pois temos sempre prestado, distribuidoras e revendedoras, um serviço de excelência. Essa proposta não compete com o serviço oferecido hoje ao consumidor final”, concluiu.

Ao ser questionado sobre a possível queda de preço do GLP com a proposta de uma logística a ser feita pelo próprio consumidor, Bandeira de Mello argumentou que o consumidor pagará mais caro proporcionalmente, ou seja, um quilo do gás terá preço mais alto do que um quilo de gás envasado em um botijão de 13 quilos. “Essa é a lógica para qualquer produto: embalagens maiores são sempre mais econômicas”, explicou.

Não acredito em venda fracionada de GLP, diz presidente do Sindigás

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