Levantamento de preços recém-publicado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP – dá conta de que se mantém a perda de receita bruta da revenda de combustíveis, prenunciando “céu cinzento”, carregado de nuvens para o segmento.

Todos os indicadores sugerem a mesma conclusão: a rentabilidade dos Postos – último elo da cadeia do mercado de combustíveis – está derretendo. Na semana de 01 a 07 deste mês de abril, o último levantamento de preços da ANP indica que a margem bruta média do segmento diminuiu 16,9% em Porto Alegre, na comparação com a semana anterior.

Como é de conhecimento público, a Petrobrás passou, a partir de julho do ano passado, a corrigir quase que diariamente os preços da gasolina e do diesel entregues por suas refinarias. Pois bem, a nova sistemática implicou em aumento de preços para o consumidor Brasil afora e queda dos ganhos para os postos. Nesse caso, a margem bruta média caiu, em Porto Alegre, 14,7%, entre março último e julho de 2017.

Essa dinâmica, se assim prosseguir, vai implicar em maior endividamento dos agentes econômicos que comercializam combustíveis para os consumidores. Quem não segurar a “fase”, vai fechar seu estabelecimento ou passá-lo adiante às pressas. Não faltarão oportunistas que podem tentar “soluções estranhas” para driblar a crise.

O ambiente de negócios criado com a política de preços da Petrobras aumentou a despesa do consumidor – empresas e famílias – e está descapitalizando a revenda de combustíveis.

Rentabilidade derretendo

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