Com vigência prevista para esta quarta-feira, 09, a Petrobras anunciou uma redução de 1,38% no preço da gasolina praticado por suas refinarias, chegando a R$ 1,4337 sem impostos. No mês, o primeiro do ano, a petroleira já acumula uma redução de 4,85% nos seus preços.
Lembrando que, desde julho do ano passado, a Petrobras adotou como política ajustar seus preços de acordo com o preço do dólar no Brasil e a cotação do petróleo no mercado internacional. Ao que tudo indica, a nova administração da empresa seguira os mesmos parâmetros.
Com o definido para esta quarta-feira, a política de preços da Petrobras acumula, desde julho/2017, entre altas e baixas, um aumento de 13,07%, mas já chegou a estratosféricos 57,34% em 14 de setembro do ano passado. Em agosto daquele ano, o acumulado de aumento ficou em 52,08 e em setembro 55,75%.
Como já sublinhamos em outras oportunidades, veja, por exemplo, aqui, (http://www.espetro.com.br/site/2018/11/09/cai-preco-da-gasolina-vendida-pela-petrobras/), essa orientação desestabilizou o mercado (já deu na greve dos caminhoneiros, em protesto contra o preço do diesel) e instaurou a desconfiança generalizada na sociedade – o consumidor não entende porque os preços não baixam nas bombas na mesma velocidade e proporção. Para ele, não fica claro quem ganha e quem perde na cadeia do abastecimento, de que fazem parte as refinarias, os produtores do etanol anidro misturado à gasolina, as distribuidoras, os postos, e o governo, que arrecada impostos.
A Petrobras nos deve uma avaliação sobre essa política, em vigor há mais de 17 meses. Já sabemos que ela ajudou a recuperar a rentabilidade da empresa, saindo de um prejuízo de R$ 14,8 bilhões em 2016, para um lucro líquido de R$ 23.677 milhões, entre janeiro e setembro de 2018, em parte, segundo a própria empresa, por “maiores margens nas vendas de derivados no Brasil”.
Mas não tirou o o país da inaceitável condição de ter o preço da gasolina mais cara, dentre os dez maiores produtores mundiais de petróleo.