Refletindo o estágio de paralisia da economia e de queda no poder de compra dos consumidores, as vendas de combustíveis no mercado gaúcho em 2016 totalizaram 8.208 bilhões de litros, o que representa uma redução de 2,2% em relação aos 8.396 bilhões de litros registrados em 2015. Ainda assim, a queda no consumo foi inferior à registrada nacionalmente, de 4,5%, segundo a ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

O pior desempenho foi o do consumo de gasolina, que passou de 3,495 bilhões de litros, em 2015, para 3,463 bilhões de litros ano passado, contabilizando uma queda de 0,9%, enquanto o consumo nacional cresceu 4,6%. Esta foi a segunda queda consecutiva de consumo desde 2010.

Embora em menor proporção, também houve redução do consumo de diesel, combustível mais comercializado no Estado. O volume caiu de 3,540 bilhões de litros, em 2015, para 3,539 bilhões de litros ano passado, uma redução de 0,1%, bem menor que a redução registrada no consumo nacional, de 5,1%

As vendas de GLP foram positivas, tendo o consumo crescido 1,3% no RS mais que o 1,1% no Brasil.

O consumo de Etanol hidratado continuou a marcha da ladeira abaixo no Estado, tendo uma queda de aproximadamente 60% nos doze meses de 2016 frente a igual período de 2015. Os volumes diminuíram de 167,6 milhões de litros em 2015 para 68,9 milhões de litros em 2016. Os preços praticados no Estado desestimulam o consumo, lembrando que o Rio Grande do Sul importa todo o etanol consumido, tanto o anidro, misturado à gasolina, como o hidratado, oferecido nas bombas dos postos. Pesa ainda a alíquota de ICMS, das mais altas do país.

Os preços acompanharam o ritmo lento do varejo de combustíveis. Entre janeiro e dezembro do ano passado, os preços médios nominais da gasolina, que não consideram a inflação, subiram 0,1% no Rio Grande do Sul e caíram 2,5% em Porto Alegre, principal centro consumidor do Estado, conforme pesquisa da

ANP. Em janeiro a média apurada ficou em R$ 3,899, encerrando dezembro a R$ 3,901. Já os preços médios nominais do diesel ficaram estáveis, passando de R$ 2,940 em janeiro a R$ 2,939 em dezembro.

Graças à sua condição da segunda maior alíquota do país, a arrecadação de ICMS sobre combustíveis em geral foi positiva no ano, tendo passado de R$ 4.614 bilhões, em 2015, para R$ 5.396 bilhões em 2016, representando um crescimento de 17% e um percentual de aproximadamente 18% da arrecadação total do imposto no Rio Grande do Sul, de acordo com o CONFAZ.

Cai Consumo de Combustíveis no RS entre 2016 e 2015

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