06/12/2021 – O Presidente da República, e não as fontes técnicas e diretivas da Petrobras, revelou, neste domingo (05/12), em entrevista ao portal PODER 360, que a petroleira vai anunciar redução nos preços dos combustíveis.

Já a Petrobras divulgou Nota no dia de hoje, afirmando que não antecipa reajustes de preços.

“A Petrobras, em relação às notícias veiculadas na mídia a respeito de expectativa de novos reajustes nos preços de combustíveis, esclarece que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes”.

Onde está a verdade? Mais parece um “jogo combinado”, do tipo, anuncie que os preços na refinaria serão reduzidos, ato contínuo negamos e quando a poeira baixar reduzo nossos preços.

Estamos falando de veiculação de “informação privilegiada”, que tem repercussões no mercado, acionário e de combustíveis.

Se verdadeiro, virou gandaia!

O Presidente da República, “mais perdido que Cusco em procissão” e desgastado com os preços nas alturas dos combustíveis, já fez as mais diversas declarações, tentando  passar pra diante a responsabilidade pelos aumentos que castigam os consumidores e a economia de um  modo geral. O carimbo já foi dado pelo mandatário (a) nos governadores,  por conta do ICMS; (b) na distribuição de uma volumosa soma de dividendos da Petrobras entre os acionistas, (c) na condição de estatal  da empresa e (d) agora pretende que a redução dos preços virá por sua intervenção.

Isso não é sério!

Afinal, qual é a politica de preços da Petrobras? Parametrizar com o câmbio e a cotação do petróleo no mercado internacional? Quando o último aumento de preço da gasolina nas refinarias foi anunciado (26 de outubro), o barril do WTI (petróleo negociado nos EUA) cravou US$ 84,65/b. Novembro chegou ao dia 30 e o WTI  fechou o mês com a maior queda desde maço de 2020, da ordem de 20,8%.

É certo que a Petrobras terá de anunciar uma redução nos seus preços dos combustíveis. Já deveria tê-lo feito. Mas não que esse anuncio faça parte de uma política que deveria ter previsibilidade e confiança para os agentes econômicos e os consumidores.

 

Isso não é sério!

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