Os preços dos combustíveis registraram queda generalizada, de norte a sul do país, segundo pesquisa da ANP realizada nesta semana, de 19 a 25 de março e publicada hoje. A média dos preços da gasolina caiu 0,3% no Brasil, 1,4% no Rio Grande do Sul e 2,7% em Porto Alegre, na comparação com a semana anterior.
Na capital gaúcha, o índice que mais reduziu foi a margem bruta dos revendedores, tendo despencado 19,7%. No Estado, diz a pesquisa, o preço médio do combustível ficou em R$3,775, o menor desde a semana de 27/12/ 2015 a 02/01/2016, quando custou R$ 3,634. Já em Porto Alegre, o preço médio apurado ficou em R$ 3,695, o menor desde a última semana de dezembro de 2015 e a primeira de 2016, quando foi cotado em R$ 3,667. Ainda segundo o levantamento da ANP, o menor preço praticado para gasolina em Porto Alegre foi R$ 3,439.
Certamente esses preços em queda têm a ver com a nova política de preços praticada pela Petrobras, desde outubro do ano passado. No primeiro momento, o mercado na ponta (os Postos) não reagiu, mas aos poucos os agentes econômicos, sobretudo as distribuidoras, mas também a revenda ao consumidor – terão que se adequar. A tendência, que já está se verificando, é de mais concorrência entre as distribuidoras, inclusive entre os maiores players, rebatendo na ponta em mais competição, cujo maior reflexo se dará nos preços.
Esse é o cenário de curto e médio prazo, pelo menos enquanto os preços internacionais do petróleo se comportarem como atualmente, sem aumentos razoáveis – e o dólar sem flutuações altistas frente ao Real. O preço interno, nas refinarias, passou a ter essas âncoras.
Como está começando a safra da cana, deve aumentar a oferta de etanol, tanto hidratado como anidro, este adicionado à base de 27% à gasolina.
E se o governo, diante deste cenário de redução dos preços dos combustíveis, se sentir tentado a aumentar a CIDE ou o PIS/COFINS que incidem sobre os combustíveis para reforçar o orçamento da União? Bom, ai serão outros quinhentos.