09/06/2022 – Por coerência com o feito até aqui, a resposta deve ser sim. É o que sinaliza Nota de Esclarecimento divulgada, ontem, 08/06, pela diretoria da Petrobras.

“A Petrobras reitera o seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado global, necessária para a garantia do abastecimento doméstico, assim inicia o Comunicado, afirmando mais adiante: “…, preços abaixo do mercado inviabilizam economicamente as importações necessárias para complemento da oferta nacional.

(…) Dessa forma, a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado é condição necessária para que o país continue sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diversos agentes.

Neste ponto, é importante ressaltar que o mercado global de energia está atualmente em situação desafiadora. Com a aceleração da recuperação econômica mundial a partir do segundo semestre de 2021 e, notadamente, com o início do conflito no Leste Europeu em fevereiro de 2022, tem-se observado aumento dos preços e maior volatilidade nas cotações internacionais de commodities energéticas, em especial, do óleo diesel.

Em um cenário de escassez global, o abastecimento nacional requer uma atenção especial. Como o país é estruturalmente deficitário em óleo diesel, tendo importado quase 30% da demanda total em 2021, poderá haver maior impacto nos preços e no suprimento.”

A Nota conclui: “Diante desse quadro, é fundamental que a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado global seja referência para o mercado brasileiro de combustíveis, visando à segurança energética nacional.

Veja aqui a íntegra da Nota: https://www.agenciapetrobras.com.br/Materia/ExibirMateria?p_materia=984362

A ES Petro, assim como outros noticiários, já indicou que, por pressão da Presidência da República, os preços do refino dos combustíveis no Brasil estão sendo represados pela diretoria da Petrobras, se a avaliação for feita pela ótica do PPI – Preço de Paridade Internacional da Petrobras.

De acordo com a consultoria Global Prices, o Brasil, com menos 1,3%, e o Kuweit, com menos 0,3%, foram os únicos, dentre os dez maiores produtores de petróleo, que tiveram redução do preço do diesel (medido em dólar), entre 30/05 e 06/06, período em que os preços médios do combustível para esse grupo de países teve aumento de 1,9% e de 0,7% no conjunto do mercado internacional.

Se prevalecer a avaliação expressa na Nota da diretoria da Petrobras, as “medidas mirabolantes”, de improviso, do governo, com aval da Câmara dos Deputados, terão, minimamente, efeito próximo de zero no preço médio ao consumidor, além de redução da receita pública e de mais incertezas para a dinâmica da economia. A menos que a gestão da petroleira, numa espécie de subsídio às escondidas, assuma o prejuízo de importar por X e vender por menos X.

Vem aí mais aumento para o diesel?

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